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Resumo:O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta terça-feira, em movimento alinhado a outros mercados acionários no exterior, após uma queda menor do que a esperada nas exportações da China e com
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta terça-feira, em movimento alinhado a outros mercados acionários no exterior, após uma queda menor do que a esperada nas exportações da China e com o começo da temporada de resultados corporativos nos Estados Unidos sob os holofotes.
Às 12:45, o Ibovespa subia 3,26%, a 81.409,65 pontos. O volume financeiro somava 8,65 bilhões de reais.
A sessão também é marcada por operações relacionadas ao vencimento do contrato futuro do Ibovespa de abril na quarta-feira, quando também está previsto o vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa à vista.
Na China, as exportações caíram 6,6% em março sobre o ano anterior, melhorando ante a queda de 17,2% em janeiro-fevereiro, com os exportadores correndo para liberar os pedidos em atraso após paralisações forçadas da produção. Economistas projetavam queda de 14% dos embarques em março.
Em Wall Street, o S&P 500 avançava 1,9%, com números trimestrais do JPMorgan Chase e da Johnson & Johnson superando estimativas na abertura da temporada de resultados nos EUA, amplamente esperada porque deve mostrar os reflexos da pandemia de Covid-19 na maior economia do planeta.
Notícias no sentido de alívio nas restrições de atividades, adotadas para combater a disseminação do novo coronavírus, também repercutiam.
Na segunda-feira, três Estados na costa oeste dos Estados Unidos, liderados pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, e sete na costa leste, liderados pelo governador de Nova York, Andrew Cuomo, afirmaram que desenvolverão planos coordenados de reaberturas regionais.
“Nos últimos dias, vimos uma certa estabilização dos mercados, com a volatilidade mais baixa e as 'bandas' de operação um pouco mais curtas”, afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, em comentários a clientes.
Na visão dele, trata-se de um primeiro passo para uma estabilização mais estrutural dos preços dos ativos de risco. “Vejo uma posição técnica mais saudável, preços e valuations mais atrativos, uma atuação agressiva por parte dos bancos centrais e dos governos.”
Kawa ponderou, contudo, que a duração da “parada brusca” da economia global, assim como suas consequências ainda são incertas.
No Brasil, permanece no radar as discussões entre Executivo e Legislativo em relação ao projeto de auxílio a Estados e municípios aprovado na véspera na Câmara dos Deputados.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta terça-feira que a equipe econômica não concorda com pontos do projeto aprovado na véspera e que quer ver debate sobre o tema antes da apreciação pelo Senado.
DESTAQUES
- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN avançavam 4,4% e 3,5%, respectivamente, principais contribuições positivas no Ibovespa, em sessão de altas relevantes no setor. Analistas do BTG Pactual cortaram estimativas para o lucros dos grande bancos de varejo em 2020 e 2021, mas reiteraram o viés positivo para o setor, avaliando que está “bem equipado” para a batalha. BANCO DO BRASIL ON subia 3,4%.
- VALE ON tinha acréscimo de 1,8%, com dados de comércio exterior na China menos ruins do que o esperado também endossando a recuperação da mineradora.
- HAPVIDA ON e INTERMÉDICA ON valorizavam-se 7,5% e 9,7%, respectivamente, com papéis do setor de saúde também entre os destaques positivos. Na véspera, o Ministério da Saúde divulgou que Brasil registrara nas últimas 24 horas 1.261 novos casos, desaceleração ante os 1.442 novos caos um dia antes.
- PETROBRAS PN subia 1,65% e PETROBRAS ON avançava 1,7%, com desempenho enfraquecido pelo declínio dos preços do petróleo no mercado externo. Perspectivas de menor demanda têm derrubado os preços da commodity e também pesam sobre ULTRAPAR ON, que caía 1,9%, entre as poucas baixas da sessão.
- BRASKEM PNA disparava quase 17%, maior alta do Ibovespa, tendo de pano de fundo relatório do Morgan Stanley, no qual analistas elevaram a recomendação das ações da petroquímica para 'overweight'.
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