简体中文
繁體中文
English
Pусский
日本語
ภาษาไทย
Tiếng Việt
Bahasa Indonesia
Español
हिन्दी
Filippiiniläinen
Français
Deutsch
Português
Türkçe
한국어
العربية
Resumo:Este artigo analisa os fatores que influenciaram a cotação do dólar hoje, com base em informações de mercado e relatórios econômicos.
O dólar comercial fechou esta segunda-feira, 2 de junho de 2025, em R$ 5,674 para compra e venda, registrando uma queda de 0,81% em relação ao real, segundo dados da B3. O dólar turismo, por sua vez, foi cotado a R$ 5,723 para venda e R$ 5,903 para compra, refletindo uma leve diferença devido às taxas aplicadas às transações de pessoas físicas. A desvalorização da moeda americana no Brasil acompanha um movimento global de enfraquecimento do dólar, impulsionado pelas recentes ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelas incertezas fiscais domésticas. Este artigo analisa os fatores que influenciaram a cotação do dólar hoje, com base em informações de mercado e relatórios econômicos.
A queda do dólar no Brasil esteve alinhada com uma desvalorização global da moeda americana, desencadeada por novos desdobramentos na política comercial dos EUA. Na sexta-feira, 30 de maio, Trump anunciou planos de aumentar as tarifas sobre aço e alumínio importados de 25% para 50%, a partir de quarta-feira, 4 de junho. Essa medida reacendeu temores de que a política protecionista do governo americano possa levar a maior economia do mundo a uma recessão e acelerar a inflação, afastando investidores de ativos denominados em dólar, como Treasuries.
Além disso, Trump acusou a China de violar um acordo comercial que previa a redução mútua de tarifas por 90 dias, intensificando as tensões entre Washington e Pequim. O Ministério do Comércio da China rebateu as acusações, afirmando cumprir o acordo e prometendo medidas para defender seus interesses comerciais. Essas incertezas contribuíram para uma queda de 0,63% no índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechando a 98,706 pontos.
No cenário doméstico, o real se valorizou em linha com outros mercados emergentes, beneficiado pela alta nos preços do petróleo. Após a OPEC+ optar por aumentos modestos na produção, os preços do petróleo subiram cerca de 4%, fortalecendo as receitas de exportação do Brasil e melhorando os termos de troca do país.
O dólar à vista abriu o pregão cotado a R$ 5,68 e oscilou em baixa durante toda a sessão, atingindo uma mínima de R$ 5,6669 (-0,94%) às 10h25 e uma máxima de R$ 5,7109 (-0,17%) às 13h01. No fim da tarde, a moeda aprofundou as perdas, fechando a R$ 5,674. No mercado futuro, o dólar para julho, o contrato mais líquido na B3, caiu 1,02%, cotado a R$ 5,7095 às 17h06.
Fernando Bergallo, diretor da FB Capital, destacou que “o real se valorizou neste primeiro pregão do mês muito em linha com uma queda global do dólar”, mas observou que a desvalorização da moeda americana poderia ter sido mais acentuada no Brasil não fossem as incertezas fiscais. Desde 22 de maio, quando o Ministério da Fazenda anunciou elevações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cumprir a meta fiscal, os ativos brasileiros têm enfrentado pressões. A desarticulação política entre o governo e o Congresso, que criticou as medidas do IOF, também pesou no humor do mercado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na manhã de 2 de junho que espera resolver as mudanças no IOF nesta semana, combinando-as com medidas fiscais estruturais. Ele destacou a disposição dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, em discutir soluções de longo prazo para as contas públicas. Apesar do rebaixamento do rating soberano do Brasil pela Moodys de positivo para estável, a reafirmação do governo de compromisso com a disciplina fiscal ajudou a conter temores de descontrole orçamentário.
No front monetário, a taxa Selic permanece em 14,75% ao ano, e o Banco Central do Brasil sinaliza que não iniciará cortes de juros enquanto o governo não demonstrar maior compromisso com a responsabilidade fiscal. A agenda econômica da semana inclui a divulgação de novos dados de inflação, que serão cruciais para as expectativas de política monetária.
As ameaças tarifárias de Trump impactaram os mercados globais, com reflexos nas bolsas de Nova York. Apesar de um pregão volátil, o S&P 500 subiu 0,41%, impulsionado por siderúrgicas como Cleveland-Cliffs (+23,7%) e Nucor (+10,2%), que se beneficiaram do protecionismo. No entanto, montadoras como General Motors (-3,87%) e Ford (-3,85%) recuaram devido ao aumento esperado nos custos de produção.
O PMI industrial dos EUA, divulgado pelo ISM, caiu para 48,6 em maio, abaixo das expectativas, reforçando temores de desaceleração econômica. Esse dado, combinado com a alta nos rendimentos dos Treasuries (T-note de 10 anos a 4,447%), reflete a cautela dos investidores. O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, indicou que as tarifas de Trump tornam incerta a perspectiva de cortes de juros nos próximos 12 a 18 meses.
A agenda internacional da semana inclui o relatório de emprego (Payroll) dos EUA na sexta-feira, 6 de junho, e a publicação do Livro Bege na quarta-feira, 4 de junho, que trará avaliações iniciais sobre os impactos da guerra comercial. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar um novo corte nas taxas de juros, enquanto os PMIs globais serão monitorados de perto.
O dólar comercial, usado em transações entre empresas, instituições financeiras e governos, fechou a R$ 5,674, refletindo sua aplicação em importações, exportações e investimentos estrangeiros. Já o dólar turismo, voltado para pessoas físicas em viagens internacionais, compras no exterior e passagens aéreas, foi cotado a R$ 5,723 (venda) e R$ 5,903 (compra). A diferença de preço se deve a taxas adicionais, como impostos, tarifas e margens de lucro das casas de câmbio.
O real segue próximo de seu maior nível em oito meses (R$ 5,6, atingido em 13 de maio), apoiado por receitas de commodities, um dólar global mais fraco e sinais de estabilidade fiscal no Brasil. No entanto, analistas do HSBC alertam que o dólar permanece vulnerável a dados econômicos fracos dos EUA, enquanto o Goldman Sachs observa que as tarifas sobre aço e alumínio, embora de impacto modesto, sinalizam a disposição do governo Trump de adotar medidas protecionistas mais amplas.
No Brasil, a tensão fiscal e a guerra comercial continuarão a influenciar a cotação do dólar nos próximos dias. “O dólar está sentindo o impacto da ruptura entre os EUA e a China”, afirmou Peter Cardillo, da Spartan, destacando que a moeda americana pode continuar caindo se os temores de recessão nos EUA se intensificarem.
A cotação do dólar hoje, 2 de junho de 2025, reflete um cenário de aversão ao risco global, com a moeda americana recuando para R$ 5,674 no mercado comercial e R$ 5,723 no turismo, em meio às novas ameaças tarifárias de presidente Donald Trump e às tensões fiscais no Brasil. A alta do petróleo e a valorização de USDBRL de moedas emergentes fortaleceram o real, mas incertezas domésticas, como o aumento do IOF e a desarticulação política, limitaram a apreciação da moeda brasileira. Traders e investidores devem acompanhar indicadores como o Payroll nos EUA, os dados de inflação no Brasil e os desdobramentos da guerra comercial para antecipar os próximos movimentos no mercado forex.
Palavras-chave: Cotação do Dólar, Dólar Hoje, Mercado Forex, Dólar Comercial, Dólar Turismo, Tarifas Trump, Real Brasileiro, Guerra Comercial, Política Fiscal, Inflação, Selic, PMI, Treasuries, Banco Central.
Isenção de responsabilidade:
Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.