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Resumo:A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revela um crescente pessimismo entre os brasileiros sobre a economia do país, com implicações diretas para o mercado financeiro e o câmbio
A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revela um crescente pessimismo entre os brasileiros sobre a economia do país, com implicações diretas para o mercado financeiro e o câmbio. Realizada entre 27 e 31 de março com 2.004 entrevistados, o levantamento aponta que 56% consideram que a situação econômica piorou nos últimos 12 meses, um salto de 17 pontos em relação aos 39% registrados em janeiro. Esse cenário, combinado com a escalada da guerra comercial liderada por Donald Trump e suas novas tarifas globais, cria um ambiente de incerteza que desafia tanto a economia brasileira quanto os traders de forex. Vamos analisar os dados e suas possíveis consequências.
Os números da Quaest são inequívocos: apenas 16% dos brasileiros veem melhora na economia (ante 32% em janeiro), enquanto 26% acreditam que ela permaneceu estagnada. A percepção de deterioração se reflete em outros indicadores preocupantes: 88% relatam alta nos preços dos alimentos, 70% notam aumento nos combustíveis e 81% afirmam que o poder de compra diminuiu em relação a um ano atrás — um avanço de 13 pontos desde dezembro (68%). Além disso, 53% consideram mais difícil encontrar emprego, contra 45% em dezembro de 2024.
Esse pessimismo econômico coincide com a desaprovação ao governo Lula, que subiu para 56% (de 49% em janeiro), enquanto a aprovação caiu para 41% (de 47%). A visão de que o Brasil está na “direção errada” também cresceu, alcançando 56%, ante 50% em janeiro. Esses dados sugerem uma crise de confiança que pode amplificar a volatilidade nos mercados financeiros, especialmente em um momento de tensões globais.
A percepção de piora econômica tem reflexos diretos no mercado financeiro. O aumento da insatisfação com a economia e o governo pode pressionar o Banco Central do Brasil (BCB) a ajustar sua política monetária, especialmente se a inflação — já sentida nos alimentos e combustíveis — continuar a corroer o poder de compra. A Selic, atualmente em um patamar que reflete o ciclo de aperto monetário dos últimos anos, pode enfrentar dilemas: cortes para estimular a economia arriscam alimentar a inflação, enquanto a manutenção de juros altos pode agravar a percepção de estagnação.
No mercado de ações, o Ibovespa já enfrenta ventos contrários devido à guerra comercial de Trump, que derrubou os futuros de Wall Street nesta quinta-feira (3) — S&P 500 caiu 3,47%, Nasdaq 100 recuou 3,87% e Dow Jones perdeu 2,89%. Empresas brasileiras exportadoras, como as do setor de commodities, podem sofrer com a redução da demanda global caso as tarifas americanas levem a uma recessão nos EUA, como alertam analistas como Antonio Fatas, do INSEAD. Por outro lado, a tarifa de 10% imposta ao Brasil — a menor entre os emergentes — oferece uma vantagem competitiva relativa, especialmente para setores como o agronegócio, que pode ganhar mercado com a exclusão de concorrentes como a Austrália.
No mercado de títulos, a busca por ativos seguros já derrubou os rendimentos dos Treasuries de 10 anos para 4,04%, o menor desde outubro, e pode pressionar os juros futuros brasileiros. A queda de 0,5% nos juros futuros registrada na quarta-feira (2) reflete um otimismo inicial com a tarifa branda de Trump, mas o pessimismo interno revelado pela Quaest pode reverter essa tendência, elevando o custo de captação do governo e empresas.
Para os traders de forex, o real está em uma encruzilhada. A pesquisa Quaest reforça a narrativa de fragilidade doméstica, o que tende a depreciar a moeda em um contexto de aversão ao risco global. O dólar, fortalecido como ativo seguro em meio às tarifas de Trump, pode ganhar terreno frente ao real, especialmente se os EUA entrarem em recessão e a demanda por commodities brasileiras — como soja, carne e minério de ferro — diminuir.
Por outro lado, a tarifa de 10% dá ao Brasil uma vantagem relativa frente a países como China (34%) e União Europeia (20%). Como destacou Gustavo Cruz, da RB Investimentos, o país pode ampliar exportações, especialmente se os EUA restringirem carne australiana. Esse fator impulsionou uma valorização inicial do real de 0,3% na quarta-feira (2), mas a sustentabilidade desse movimento depende de fatores externos e da confiança interna.
No curto prazo, o real pode oscilar entre R$ 5,50 e R$ 5,70, com suporte em R$ 5,40 caso o otimismo com as exportações prevaleça. Porém, uma escalada na guerra comercial ou uma piora nos indicadores econômicos domésticos — como inflação ou desemprego — pode empurrar a moeda para acima de R$ 6,00, especialmente se o Fed cortar juros menos do que o esperado (operadores precificam três a quatro cortes de 0,25 ponto em 2025).
Diante desse cenário, traders de forex devem adotar uma abordagem cautelosa e informada:
A pesquisa Quaest expõe uma economia brasileira sob pressão interna, com a confiança abalada e o poder de compra em queda. No contexto global, as tarifas de Trump amplificam os riscos, mas também oferecem ao Brasil uma janela de oportunidade. Para os traders de forex, o momento é de navegar entre o pessimismo doméstico e o otimismo relativo no comércio exterior, com o real no centro de um cabo de guerra entre fundamentos locais e forças globais. Em um mercado onde a incerteza reina, a agilidade e a análise de dados serão as melhores aliadas.
Palavras-Chave: Economia Brasileira, Pesquisa Quaest, Pessimismo Econômico, Mercado Forex, Real x Dólar, Tarifas de Trump, Desaprovação Lula, Inflação Brasil, Desemprego, Banco Central, Ibovespa, Trading Forex, Aversão ao Risco, Commodities Brasileiras, Selic
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